Sala de Exposição
No segundo semestre de 2018 foi realizado um estudo sobre a viabilidade da implantação do Museu de Arqueologia do Pantanal no CPAN, designado pela Instrução de Serviço 304 (28/08/2018). Esses estudos demostraram que as primeiras pesquisas arqueológicas no Pantanal Sul-mato-grossense, foram realizadas entre 1990 e 1997, dentro do Projeto Corumbá, sob a coordenação do Prof. Dr. Pedro Ignácio Schmitiz/UNISINOS/IAP e, posteriormente, a partir de 1996, inicia os estudos arqueológicos no CPAN, sob a coordenação do prof. Dr. José Luís S. Peixoto, mantendo pesquisas sistemáticas até a sua aposentadoria em abril/2020. Ao longo de três décadas foram geradas informações produzidas por projetos de pesquisas e estudos de pós-graduação (mestrados, doutorados e pós-doutorados), que resultaram na coleta e análise de centenas de peças arqueológicas, que estão armazenadas no Acervo Arqueológico do LAPan.
Para a implantação do museu foi destinado a Sala A1 da Unidade III do CPAN, que apresentam condições excelentes para a implantação da exposição permanente e local de fácil acesso para as escolas, os turistas e a comunidade ribeirinha e urbana, pois localiza-se no Porto Geral de Corumbá/MS. Os recursos financeiros foi proveniente do Instituto Acaia Pantanal para a montagem dos expositores e da comunicação visual. A equipe responsável pela implantação do Museu foi integrada pela Profa. Dra. Ariane Aparecida Carvalho de Arruda/UFMS (Etno-história), Elaine Maria Dib Rosa/Explorer Publicidade (Impressão dos Banners), Jefferson Orro de Campos/UFMS (Instalação elétrica), Jorcinei Carlos de Oliveira (Marcenaria/confecção dos expositores), José Luís dos Santos Peixoto/UFMS (Coordenação/Arqueologia/Design/Layout), Lucineide Rodrigues da Silva/UFMS (Livro de visitas virtual), Maria Mercedes Martinez Okumura/LEEH-IB-USP (Bioarqueologia), Rafael Lemos de Souza/UFG (Bioarqueologia), Regina Baruki Fonseca /UFMS (Tradução inglês), Suzana Vinicia Mancilla Barreda/UFMS (Tradução espanhol) e Teresa Cristina Ralston Bracher/Acaia Pantanal (Apoio Institucional).
Considerando o conjunto de informações, o local, os recursos financeiros e a equipe responsável foi estabelecida a viabilidade para implementação do Museu de Arqueologia do Pantanal (MAPan) na Unidade III, sendo inaugurado em 25 de novembro de 2019. Posteriormente, em 11 de março de 2020 com a anuência da Pró-reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças foi estabelecido a criação e implantação da Unidade de Apoio ao Museu de Arqueologia no Campus do Pantanal. Em 17 de junho de 2021, o Conselho de Campus do CPAN decide extinguir a Unidade de Apoio Museu de Arqueologia do Campus do Pantanal e transformar o espaço físico do museu numa sala de exposição do LAPan.
As pesquisas arqueológicas e etno-históricas resultaram num banco de informações, são frutos das interpretações dos objetos e dos documentos escritos, transformando-os em uma voz silenciosa dos povos do passado ao longo da exposição. Estas pesquisas identificaram e mapearam centenas de sítios arqueológicos e resultaram em inúmeras publicações sobre o período pré-colonial e sobre as populações indígenas que ocuparam o Pantanal, entre os séculos XVI e XIX.
A exposição apresenta o cotidiano dos grupos indígenas, a partir de 5.500 anos A.P. até os primeiros séculos da colonização representado pela caracterização ambiental e cultural, com ênfase nos padrões de assentamento, na cultura material, na subsistência, no tratamento dispensados aos seus mortos, na arte rupestre e sobre os grupos indígenas que ocuparam o Pantanal, em tempos históricos.
Enfim, a exposição tem a finalidade de desempenhar o papel de agente de comunicação na formação dos estudantes, da comunidade local, do turismo e da integração do espaço de fronteira Brasil/Bolívia, visando à inclusão dos primeiros habitantes do Pantanal na história local e regional, que estão fortemente representados na população de Corumbá e Ladário, no Brasil e Puerto Suárez e Puerto Quijarro, na Bolívia.