O CPAN relembra a importância do Agosto Lilás

Postado por: JUAN GABRIEL CARDOSO RODRIGUES

A Unidade I do Campus do Pantanal, recordando a importância do Agosto Lilás, uma campanha de enfrentamento à violência contra a mulher, instituída por meio da Lei Estadual nº 4.969/2016, estará enfeitada com um laço durante o restante do mês de agosto.

A campanha, que surgiu em 2016 no nosso estado como forma de comemorar os 10 anos da lei Maria da Penha, já sofreu adesão de várias outras unidades da federação, como Rio de Janeiro e São Paulo. Junto dela também surgiu o programa “Maria da Penha Vai a Escola”, que deu origem a outros, como “Maria da Penha Vai a Igreja” e “Maria da Penha Vai a Empresa”, todos com a finalidade de combaterem a violência contra a mulher e tornarem esses ambientes menos tóxicos e mais adequados para elas.

Mesmo com a constante criação de medidas e leis que protejam as mulheres e cada vez mais penalizem seus agressores ao longo dos anos, como a instituição da Casa da Mulher Brasileira, tendo sua primeira unidade na nossa capital, Campo Grande, a violência contra a mulher agravou-se muito durante o período da pandemia e, muitas vezes, passa por nós despercebida devido as condições de silêncio imposto pelos agressores sobre as vítimas, que incluem chantagem, ameaças de morte, dependência e abuso emocional ou dependência financeira.

É importante também lembrarmos que nosso estado figura em terceiro lugar quanto à denúncias de violência doméstica feitas ao 180 (tendo registrado 37 denúncias de violência doméstica por dia em 2021) e possui dados alarmantes de feminicídio (tendo registrado ao menos um caso todos os meses em 2020).

Em nossa cidade, recordamos os recentes e trágicos casos da jovem Grazielly Karine, ocorrido em junho deste ano, e da professora Nádia Sol, ocorrido em 2019. Ambos os crimes foram extremamente brutais e cometidos pelos respectivos ex-companheiros das mulheres.

Não há hora nem ocasião específica para denunciar a violência contra a mulher, ligue 180 o mais urgentemente possível, pois pode ser sempre caso de vida ou morte.