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O Programa Escolas Interculturais de Fronteiras -PEIF, projeto do Ministério da Educação–MEC criado em 2005, inicia suas atividades na faixa de fronteira de Corumbá/Puerto Quijarro  de formação e qualificação complementar para professores da educação básica, integrantes de escolas, em 2014.

A abertura do curso será no dia 04 de agosto de 2014, às 19h, no auditório do SESC – Centro de Convenções, Porto Geral de Corumbá.

Segundo a professora doutora do CPAN/UFMS, Lucilene Machado, coordenadora do PEIF na região de fronteira Brasil-Bolívia. “as ações desenvolvidas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Secretaria Municipal de Educação de Corumbá juntamente com as entidades educacionais competentes da Bolívia, permitem que o PEIF continue, neste 2014, a promover a integração fronteiriça por meio de cursos, seminários e palestras, cujo foco é a educação intercultural nos contextos multilíngues ou bilíngues”, ressalta a professora.

Esta ação denominada “Formação Continuada” será ministrada por docentes qualificados envolvidos no programa e prioriza a potencialização do trabalho pedagógico dos profissionais da educação básica em busca de melhores condições e qualidade profissional.

O Programa também propõe ações que visem ao equilíbrio na linha de fronteira, a fim de que assimetrias que venham a impedir a formação de um cidadão crítico, tolerante e ético sejam superadas.

O PROGRAMA

Desenvolvido em 17 unidades de ensino brasileiras e em 15 da Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Venezuela, o programa Escolas Interculturais de Fronteira ampliou, em 2014, o número de escolas, municípios, países, línguas e universidades públicas participantes do Projeto. A expansão agregará escolas de municípios do Brasil que fazem fronteira com Colômbia, Peru, Guiana e Guiana Francesa.

Com o ingresso dessas quatro nações no programa, aos idiomas português, espanhol e guarani, praticados por professores e estudantes desde 2005, serão acrescidos o inglês e o francês. O objetivo da medida é promover e ampliar a integração regional pela educação intercultural de crianças e jovens residentes em cidades gêmeas ou de fronteira, como Corumbá e Puerto Quijarro. Cidades gêmeas são aquelas com sedes administrativas próximas, cortadas por uma avenida ou rua, com divisa seca. Um exemplo é Chuí, no Brasil, com a vizinha Chuy, no Uruguai. É considerado município na faixa de fronteira aquele que tem a sede situada a até 150 quilômetros da divisa com outro país.

Dados da Coordenação-Geral do Ensino Fundamental da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, relativos a este ano, mostram que o lado brasileiro participa do programa com 11 municípios, 17 escolas, 7,5 mil estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental, 250 professores e dez universidades federais. Das 17 escolas brasileiras, 14 adotam o regime de educação integral.

Para 2014, a expansão deve dar prioridade a escolas que aderiram aos programas Mais Educação e Ensino Médio Inovador. A previsão é de alcançar 36 municípios, 108 escolas e 2,1 mil professores, além de trabalhar com 14 universidades públicas. O número de estudantes ainda não está definido. (Informações do MEC).

CCS