Pesquisadores listam 29 espécies de anfíbios anuros para o Parque de Piraputangas em Corumbá

Postado por: ELISSANDRA CRISTINA RAMALHO

 

No Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal da UFMS, o biólogo Alessandher Piva escreveu o artigo: “Anurans of the Parque Municipal de Piraputangas, on the western border of the Pantanal, Mato Grosso do Sul,Brazil”. A pesquisa foi realizada sob orientação do professor Nelson Rufino de Albuquerque e publicada no último dia 21 no periódico “Check List – the Journal of Biodiversity Date”.

O estudo contemplou uma área ao longo da borda oeste do Pantanal, considerada prioritária para a conservação da biodiversidade. Segundo os pesquisadores, o local possui elevada diversidade biológica e seus hábitats naturais frequentemente são ameaçados.

Para o professor Nelson, a importância desse projeto reside justamente no inventário da fauna de anfíbios de uma área ainda praticamente desconhecida. “Estes resultados deverão contribuir para a melhoria de informações sobre listagem de espécies e distribuição dos anfíbios anuros na borda oeste do Pantanal, presentes no Parque Municipal de Piraputangas”.

Sobre os resultados alcançados: foram registradas 29 espécies de anfíbios anuros na região pesquisada, “o que provavelmente representa um valor subestimado, uma vez que foi utilizado apenas o método da busca ativa para capturar os exemplares”. O professor Nelson ressalta que “caso tivéssemos utilizado armadilhas de interceptação de queda, provavelmente a riqueza de espécies teria sido maior. Apesar disso, este número representa cerca de 30% das espécies de anuros registradas em Mato Grosso do Sul, e cerca de 50% das espécies registradas nas florestas semidecíduas sul-mato-grossenses. Somado a trabalhos anteriores, temos agora 31 espécies de anuros registradas para Corumbá”.

Em 2020, o número de incêndios florestais no Pantanal quase triplicou em comparação a 2019, e Corumbá é uma das cidades mais afetadas neste ecossistema. “Este estudo preenche lacunas de conhecimento sobre a anurofauna na borda oeste do Pantanal, e poderá servir de base para outros estudos que são necessários para entender como os anuros respondem à perda ou fragmentação do habitat devido aos impactos acima mencionados”, enfatiza o professor Nelson Albuquerque.