Grupo de Pesquisa em Saúde Coletiva do CPAN/UFMS apoia o 5º Colóquio sobre a Doença Falciforme que acontece dia 22 na Unidade III

Postado por: Ana Monteiro

A Associação Corumbaense das Pessoas com Doenças Falciformes – Acodfal, com o apoio do Grupo de Estudos e Pesquisa em Saúde Coletiva da UFMS/CPAN, realizará no dia 22 de outubro de 2015, às 14 horas, o 5º Colóquio sobre a Doença Falciforme, no Auditório da Unidade III (Porto Geral).

O evento tem como objetivo discutir e propor políticas públicas de saúde para a população que convive com a anemia falciforme , traço falciforme e outras hemoglobinopatias, preenchendo assim uma lacuna deixada pelo poder público que tem dificuldades em colocar em prática pelo SUS (Sistema Único de Saúde) a política de atenção integral às pessoas com doenças falciformes e outras hemoglobinopatias.

O QUE É DOENÇA FALFIFORME – O nosso sangue é formado por milhões de células vermelhas chamadas hemácias, também conhecidas por glóbulos vermelhos. As hemácias são arredondadas, achatadas e elásticas e possuem um pigmento denominado hemoglobina, que confere a coloração vermelha ao sangue. A hemoglobina é responsável por levar o oxigênio dos pulmões para todo o corpo através da corrente sanguínea, para que todos os órgãos funcionem normalmente.

As hemoglobinopatias são doenças genéticas que afetam a hemoglobina. A doença falciforme é o exemplo mais comum das hemoglobinopatias.

Por uma alteração genética, a pessoa com doença falciforme produz um tipo alterado de hemoglobina, a hemoglobina S (Hb S), no lugar da hemoglobina normal, a hemoglobina A (Hb A), presente nos adultos.

O transporte de oxigênio para todo o corpo, função da hemoglobina, não se dá de forma satisfatória quando o indivíduo tem a doença falciforme. Em determinadas condições, a Hb S faz com que a hemácia deixe de ser flexível e fique mais rígida. Nesses casos, a hemácia passa a ter o formato de meia lua ou foice (daí o nome falciforme). Ela tende a se ligar aos vasos sanguíneos e também a outras hemácias e ser destruída mais facilmente, o que ocasiona anemia e dificulta a circulação no sangue. É comum que ocorra entupimento dos vasos sanguíneos, o que leva a dores e a outras alterações em praticamente todos os órgãos do corpo.

A forma mais comum e grave da doença falciforme é denominada anemia falciforme e ocorre quando a criança herda o gene para produzir a Hb S do pai e da mãe, resultando na forma Hb SS.

Quando, porém, a criança recebe o gene para a Hb S de apenas um dos pais, e do outro recebe o gene para a Hb A, ela será apenas portadora do traço falciforme(Hb AS). Neste caso, não apresentará a doença falciforme, podendo, no entanto, transmiti-la para os filhos.