Parabéns Corumbá pelos seus 236 anos!

Postado por: Ana Monteiro

CORUMBÁ

Uma cidade sem pressa, mas que não para nunca. Cidade onde convivem resquícios históricos de até três séculos diferentes. Onde convivem descendentes de pantaneiros, nascidos em meio à maior planície alagável do mundo e que decidiram vir para a cidade. Cidade que forma com Ladário uma das vinte e nove cidade-gêmeas do país , é o 5º município fronteiriço mais populoso do Brasil e o mais antigo de Mato Grosso do Sul. Estamos falando de Corumbá, que comemora 236 anos neste domingo, 21 de setembro, com muita história para contar.

Dizem os antigos que o nome Corumbá origina-se, provavelmente, do tupi-guarani kuru’mba, que significa “banco de cascalho”, mas há outras variações também como “lugar distante”, ou “cidade branca”, por causa da cor de suas terras. Conceitos que guardam em si características de uma cidade com dimensões de um país. Segundo dados do IBGE, são 65 mil km2 que fazem de Corumbá o 11º maior município em extensão territorial do Brasil, é o maior fora da região Norte, do Estado de Mato Grosso do Sul e da Região Centro-Oeste, além de configurar-se como o mais importante porto de nosso Estado e um dos mais importantes portos fluviais do Brasil e do mundo. Corumbá está localizada à margem esquerda do rio Paraguai, e geograficamente é conhecida como cidade de tríplice fronteira, por estar exatamente entre Brasil, Paraguai e Bolívia. Forma uma conurbação com um fluxo de mais de 150 mil pessoas.

Corumbá é uma cidade de diversidade cultural, que recebeu influências árabes, italianas, portuguesas, sul-americanas, mistura costumes de paraguaios, argentinos, uruguaios, bolivianos, e povos indígenas. Acolheu os militares da Marinha e do Exército Brasileiro. Chama a atenção sua culinária variada, que oferece opções da alta gastronomia até as chamadas “barraquinhas” para todo gosto e sabor. Está alicerçada numa borda do maciço de Urucum, de onde saem toneladas diárias de minério levados, principalmente, por embarcações Paraguaias.

HISTÓRICA

Nestes 236 anos, Corumbá revelou-se bastante conservadora, mantém seu patrimônio histórico protegido e sua cultura preservada, por isso ganhou reconhecimento nacional. Suas festas mais populares e tradicionais têm gerado transformações econômicas e sociais no município. Já consolidou-se como o melhor carnaval do Estado, e ainda mantém vivas tradições seculares como o Arraial do Banho de São João e as comemorações a Nossa Senhora do Carmo, na região de Forte Coimbra.

O comércio de Corumbá é um dos que mais cresce em todo o Mato Grosso do Sul. Dados da Junta Comercial do Estado (JUCEMS) mostram que só em 2013 foram abertas 859 novas empresas na cidade. O aumento de 47% em relação ao ano anterior é o melhor dos últimos quatro anos.

Além da movimentação financeira, a valorização da cultura local tem ganhado o Brasil, por meio de ações que divulgam Corumbá de forma positiva e atraem muitas outras benfeitorias e projetos inovadores, como por exemplo, a reabertura do processo para o reconhecimento do Banho de São João de Corumbá como Bem Cultural Imaterial Nacional.

A criação da Rota Cultural do Pantanal, proposta recente, mas sonho antigo dos corumbaenses, está prestes a se tornar uma realidade. Depois de ser defendida nas conferências estadual e nacional de cultura, o projeto foi estruturado, com apoio do Sebrae, em reuniões que, além de levantar as potencialidades de cada município integrante, proporcionou criações de políticas públicas culturais para a região, das quais se destaca o Fundo da Rota do Pantanal.

TURÍSTICA

Explorado há mais de 30 anos, somente hoje o turismo corumbaense revela nova infraestrutura. Com o Pantanal ocupando 60% de seu território, Corumbá passou a ser chamada de Capital do Pantanal, constitui-se no principal portal para o santuário ecológico. A cidade, é a primeira de Mato Grosso do Sul a implementar a modalidade alternativa de hospedagem conhecida como “Cama&Café”, que agrega valor à tão cultivada hospitalidade corumbaense.

Apesar de seus mais de dois séculos de fundação, Corumbá é uma cidade em construção, em pleno desenvolvimento, com áreas desafiantes como saúde pública, segurança, urbanização, trânsito, logística, moradia, assistência social. Mas uma cidade que não desiste de seu povo, e que hoje deixa claro que, apesar de estar na fronteira, não é terra sem lei, como pensam muitos, mas sim terra de oportunidades.

A DIREÇÃO